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O futuro da comida pela National Geographic

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A centenária revista National Geographic, edição Brasil, publica a partir deste mês, em oito edições seguidas, uma série de reportagens sobre a alimentação.

A tradicional capa da revista, sempre emoldurada pela cor amarela, não traz dessa vez nenhuma grande foto, mostra uma maçã mordida que forma com a casca os continentes do planeta e faz um questionamento sobre o futuro da comida.

O destaque fica para o decisivo papel da agricultura brasileira na nova agricultura global, cujo desafio é produzir mais e com sustentabilidade para uma população que em 2050 deve alcançar 9 bilhões de pessoas.

Esse tema já colocou o Brasil em evidência depois que a Organização para a Alimentação e a Agricultura das Nações Unidas (FAO) e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgaram um relatório, em 2012, apontando que a produção agrícola mundial precisa crescer 60% antes de 2050.

Afirmando que os países emergentes serão os grandes responsáveis por essa produção, em especial o Brasil a quem, segundo elas, caberá produzir 40% desse total, o que é possível por que o país tem terra disponível, água, gente preparada e tecnologia tropical de ponta.

Voltando à National Geographic o texto sobre o futuro da comida, também destaca o Brasil e é discutido sob o ponto de vista da preservação dos recursos naturais do planeta ao mesmo tempo em que se deve produzir mais alimentos para atender, além da crescente população prevista em todas as previsões demográficas, pessoas que com a diminuição da pobreza ao redor do mundo estão comendo cada vez mais.

Quem escreve é o diretor do Instituto de Meio Ambiente da Universidade de Minsesota, Jonathan Foley, que liderou um grupo de cientistas em busca de respostas sobre como duplicar a oferta de alimentos ao mesmo tempo em que se reduzem os danos ambientais durante sua produção e consumo.

Os cientistas deram respostas otimistas para essa questão, e sugerem cinco etapas para vencer o desafio. Três dessas etapas estão diretamente relacionadas à produção no campo: 1- diminuir o impacto ambiental buscando não abrir novas áreas; 2- aumentar a produtividade das plantações existentes; 3- usar de forma eficiente os recursos tecnológicos para poupar os naturais.

As outras duas etapas, segundo os cientistas, dizem mais respeito à cidade, 4 – mudança na dieta e 5 – diminuição do desperdício.

É uma leitura interessante para quem é do setor ou não. A ABAG/RP vai indicar o texto como leitura dentro do Programam Educacional “Agronegócio na Escola”, já que informa e questiona ao mesmo tempo, estimula o senso crítico de quem o lê.

Agora é esperar os próximos meses para ver a continuação da discussão sobre a comida na National Geographic.

ABAG/RP