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9º Prêmio ABAG/RP de Jornalismo “José Hamilton Ribeiro” - Estudantes de jornalismo fazem imersão em agronegócio

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A parte prática da 9ª edição do Prêmio ABAG/RP de Jornalismo “José Hamilton Ribeiro” terminou no dia 25 de agosto, com o 4º Ciclo de Palestras e Visitas. Foram quase cem horas de atividades.

Desde que foi criado, em 2008, os Ciclos têm sido o grande diferencial do Prêmio de jornalismo da ABAG/RP.

Eles são, ao mesmo tempo, o “passaporte” para que os estudantes inscrevam matérias para concorrer aos prêmios, e a oportunidade para que conheçam as cadeias produtivas do agronegócio. Para a Associação Brasileira do Agronegócio da Região de Ribeirão Preto esta é a chance para mostrar aos futuros formadores de opinião a amplitude e a capilaridade deste, que é o maior setor da economia brasileira.

Os quatro Ciclos de Palestras e Visitas envolveram estudantes de 10 cursos de jornalismo: ECA/USP e Mackenzie, de São Paulo; PUC, de Campinas; Unimep, de Piracicaba; Unifran, de Franca; Uniara, de Araraquara; Imesb, de Bebedouro; Barão de Mauá, Estácio e Unaerp, de Ribeirão Preto; além da Unesp, de Bauru. Os roteiros foram regionalizados para que os estudantes enxergassem a proximidade do agronegócio em suas regiões: na capital, no litoral e no interior.

Capital, litoral e grande Campinas

Os alunos de São Paulo e de Campinas/Piracicaba, cerca de 50, participaram respectivamente do 1º e 2º Ciclos do Prêmio, nos meses de maio e junho. Os dois grupos visitaram o terminal de exportação da Copersucar e o Museu do Café, ambos em Santos. Puderam conhecer melhor duas cadeias produtivas historicamente importantes para o Brasil

Café e açúcar são fundamentais para a balança comercial do país, como demostraram, em suas apresentações, os especialistas convidados pela ABAG/RP, que acompanharam as visitas dos estudantes.

Os mesmos grupos também visitaram a Estação Experimental Agrícola da Basf, em Santo Antônio de Posse, onde viram como são desenvolvidas as sementes e as novas moléculas químicas que serão usadas na agricultura. Os processos são demorados e cuidadosos, pois são necessários de 10 a 15 anos para um novo produto chegar ao mercado.

Na Embrapa Monitoramento por Satélite os estudantes da ECA, do Mackenzie, da PUC e da Unimep foram recebidos pelo Chefe Geral, Evaristo Eduardo de Miranda, que mostrou os trabalhos desenvolvidos na Unidade, principalmente sobre o uso e ocupação das terras no país. A informação que surpreendeu a todos foi a quantidade de vegetação nativa existente no Brasil, quase 65%, e a relação entre quantidade de terra cultivada e produção agrícola. Eles nem imaginavam que toda a produção agrícola é feita em pouco mais de 10% do território brasileiro.

Os estudantes das faculdades de São Paulo visitaram ainda a Fundação Espaço ECO, em São Bernardo do Campo, onde o tema foi sustentabilidade e socioecoeficiência das empresas em geral, urbanas e rurais, inclusive fazendas. Já no Instituto Biológico, em São Paulo, além das pesquisas e do trabalho desenvolvido há quase 90 anos, os alunos puderam conhecer os primeiros textos de jornalismo científico do Brasil, um esforço do pesquisador José Reis, que foi o primeiro a divulgar a ciência no país.

Para os estudantes de Campinas e Piracicaba a cadeia produtiva da cana-de-açúcar foi apresentada de forma completa: o “antes da porteira” na fábrica da Case IH, em Sorocaba, uma das mais modernas do Brasil; o “dentro da porteira” nos canaviais da Usina Iracema, em Iracemápolis, onde viram as colhedoras e tratores Case trabalhando; e o “depois da porteira”, no processamento de cana-de-açúcar na usina, desde a passagem pelas moendas até os produtos finais, principalmente açúcar e etanol.


Região nordeste de São Paulo

No dia 3 de agosto os alunos do Imesb, de Bebedouro, passaram o dia na Feacoop, Feira de Agronegócio da Coopercitrus. Acompanharam as demonstrações de campo e percorreram a feira estática, conversando com os expositores para conhecer as tecnologias das máquinas e equipamentos.

Nos dias 16, 17 e 18 de agosto foi a vez dos estudantes dos cursos de jornalismo de Ribeirão Preto, Franca e Araraquara saírem a campo. Eles visitaram dois importantes pólos produtores de cana-de-açúcar e de café de São Paulo. A Presidente do Conselho Diretor da ABAG/RP, Mônika Bergamaschi, fez uma palestra sobre o agronegócio, para nivelar o conhecimento, antes das visitas.

Em Cravinhos, as visitas aconteceram na Ourofino Saúde Animal e na Dow. As pesquisas para oferecer produtos seguros e eficazes à agricultura e à pecuária surpreenderam os estudantes, tanto pelo longo tempo para serem desenvolvidos, quanto pelo alto custo.

Outra surpresa aconteceu na visita à Usina São Francisco, em Sertãozinho. O controle biológico de pragas, comum na cultura da cana, foi o que mais chamou atenção, principalmente pela forma como são multiplicados os inimigos naturais das pragas. Na planta industrial eles puderam visualizar todo processo produtivo, mas antes tiveram uma verdadeira aula sobre a produção orgânica de cana e a geração de energia elétrica a partir da biomassa.

A visita à cadeia produtiva do café aconteceu em uma fazenda e na Cocapec, Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas de Franca. Todo o processo de produção e beneficiamento pode ser acompanhando, desde a colheita, secagem e primeira separação dos grãos na fazenda, até sua chegada na cooperativa para classificação final, estocagem, processamento, embalagem e até a comercialização. O trabalho sutil e preciso dos degustadores, para montar os blends, de acordo com o gosto de cada cliente, impressionou os estudantes.
Região central e noroeste de São Paulo

O último Ciclo aconteceu nos dias 23, 24 e 25 de agosto e reuniu trinta e um estudantes da Unesp de Bauru.

A programação começou com uma visita na Jacto, em Pompéia, para ver uma indústria de insumos produzindo equipamentos de alta tecnologia para o campo. Na cidade eles conheceram também a Fatec, que oferece o curso de Mecanização em Agricultura de Precisão.

Participaram ativamente de uma demonstração de tratores e pulverizadores, e comprovaram que os equipamentos fazem tudo praticamente sozinhos, desde que bem programados. Os futuros jornalistas perceberam a demanda do agronegócio por mão de obra cada vez mais especializada, capaz de tirar das máquinas o melhor desempenho no campo.

Nos canaviais, na cidade de Jaú, eles viram colhedoras equipadas com tecnologia de agricultura de precisão. Na Usina Diamante acompanharam todo o percurso da cana, do campo até a fabricação de açúcar e etanol. Puderam ver um importante diferencial em relação à logística, pois parte da cana-de-açúcar usada na usina chega por transporte fluvial, em barcaças que navegam pelas águas do rio Tietê.

A tecnologia também foi foco da visita em São Carlos, onde os estudantes conheceram os trabalhos desenvolvidos na Embrapa Pecuária Sudeste e na Embrapa Instrumentação. Foram demonstradas as inovações que já estão ou serão usadas, em breve, no campo e na cidade.

Um exemplo é o filme plástico comestível, que pode ser usado para embalar frutas e legumes prolongando o tempo de prateleira; o etanol de segunda geração; e a ressonância magnética nuclear, usada para testar a qualidade dos produtos in natura e dos alimentos já industrializados. Já o sistema de Integração Lavoura Pecuária Floresta (iLPF) foi a demonstração clara da tecnologia inovadora que o Brasil produz, que resulta em sustentabilidade e produtividade.

Os roteiros de visitas do 9° Prêmio ABAG/RP de Jornalismo “José Hamilton Ribeiro” foram especialmente elaborados para que os estudantes pudessem perceber a pluralidade de assuntos que cabem no setor. Temas que, enquanto jornalistas, mesmo não setoristas, certamente estarão em suas pautas, já que o agronegócio está no dia a dia das pessoas e nas diversas editorias dos jornais, revistas, tvs, portais de internet e rádios.

Hora de concorrer

Depois de cumprir as etapas obrigatórias, que validam a inscrição de matérias no prêmio de jornalismo da ABAG/RP, os estudantes têm 30 dias para produzir e enviar seus trabalhos. A categoria Jovem Talento está aberta em duas modalidades: vídeo e mídia escrita. A premiação para o primeiro colocado, em cada uma delas, é de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) em vale-compras. Os segundos e terceiros colocados recebem máquinas fotográficas.

Categoria Profissional premia com R$ 10 mil

As inscrições para o 9° Prêmio ABAG/RP de Jornalismo “José Hamilton Ribeiro” - Categoria Profissional- já estão abertas.

Os jornalistas concorrem em três modalidades: Plataforma Escrita Diária: Jornal e Internet; Plataforma Escrita Especial: Revista e Cadernos Especiais de Jornais; e Plataforma Eletrônica: TV.

Podem ser inscritas matérias produzidas e veiculadas no período de 25 de outubro de 2015 a 21 de outubro de 2016. A premiação para o vencedor, em cada modalidade, é de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

Nesta edição os profissionais podem inscrever matérias sobre todo o agronegócio paulista.

O envio dos trabalhos será feito exclusivamente por meio eletrônico.

É preciso fazer a inscrição no site da ABAG/RP e enviar a matéria pelo link:
http://www.premioabagrpdejornalismo.com.br/profissional.php.

Informações e regulamento no site:
www.abagrp.org.br

ABAG/RP