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Professor na estrada, “Agronegócio na Escola”

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Desde o dia 23 de maio, professores da rede pública municipal da região de Ribeirão Preto, participantes do Programa Educacional “Agronegócio na Escola”, estão cruzando as estradas para as visitas da etapa de capacitação do Programa.

Esta é a segunda fase das atividades práticas, que começaram em abril, com 2 palestras: a do ministro Roberto Rodrigues, sobre agronegócio; e a da Fundação Espaço Eco, sobre sustentabilidade.

A proposta da ABAG/RP com este Programa é apresentar o agronegócio sob diferentes pontos de vista, desde o antes das porteiras das fazendas até a comercialização em diferentes pontos de vendas.

As visitas acontecem em 14 empresas e instituições de pesquisa associadas à ABAG/RP. Até o início de agosto os professores terão a oportunidade de conhecer diversos elos das mais importantes cadeias produtivas da região.

No setor sucroenergético, por exemplo, os visitantes estão percorrendo 6 unidades de produção, as usinas: Batatais; Ipiranga; Pedra; São Martinho; São Francisco e Santa Cruz.

Cada usina, estrategicamente, enfatiza mais um aspecto da atividade produtiva, como a produção de cana-de-açúcar, a industrialização, e especificidades à elas relacionadas, como o controle biológico de pragas e doenças, mecanização, capacitação da mão de obra, preservação ambiental, uso racional da água, utilização de subprodutos da cana, cogeração de energia elétrica a partir do bagaço, logística, novas tecnologias, entre outros.

São temas ligados às várias áreas do conhecimento e presentes nos livros didáticos, mas nem sempre associados à prática.

Café

A cadeia produtiva do café foi apresentada desde a produção nas fazendas até a comercialização do grão. Foi na Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas, a Cocapec, em Franca, que os professores acompanharam os caminhos do produto para agregação de valor.

Viram o rebeneficiamento, o delicado trabalho dos degustadores para a formação dos blends (mistura de diferentes tipos de café para a construção de sabores específicos), a torrefação e o empacotamento.

Tudo isso mostrado sob a ótica do cooperativismo e sua doutrina, cuja base é a união voluntária de pessoas que buscam soluções econômicas e sociais, alicerçadas em interesses comuns.

Amendoim e Logística Reversa

Na Coplana - Cooperativa Agroindustrial, em Jaboticabal, visitaram o maior armazém de amendoim do mundo. 
Incentivados pela Coplana, os cooperados cultivam, em rotação, cana-de-açúcar e o amendoim. Estes dois produtos campeões, além de exportados, são amplamente usados nas indústrias alimentícias.

Na Associação dos Fornecedores de Cana de Guariba, a Socicana, foi visitada a Central de Recebimento de Embalagens Vazias de Defensivos. O projeto de logística reversa, pioneiro nesta área, é exemplo ambiental para o mundo inteiro. O Brasil recicla mais de 94% das embalagens de produtos químicos usados no campo.

Pesquisa

Em Cravinhos, a saúde animal foi o tema da visita na Ourofino, onde os professores conheceram o centro tecnológico e a unidade de produção farmacêutica. Uma indústria de capital 100% nacional, que atende aos mais exigentes padrões de qualidade do mundo.

Na área da pesquisa, 3 roteiros foram percorridos.

Na Unesp, em Jaboticabal, os professores conheceram pesquisas realizadas em diferentes áreas das ciências agrárias e veterinárias: mini usina de leite, horto, horta, animais silvestres (cervídeos), hospital veterinário, grandes e pequenos animais etc.

Nas duas unidades da Embrapa, em São Carlos: Instrumentação e Pecuária Sudeste, a oportunidade para ver as inovações que já estão, ou serão usadas no campo e na cidade: o filme plástico comestível, fruto da nanotecnologia; o etanol de segunda geração; o sistema de Integração Lavoura Pecuária Floresta (iLPF); experimentos para aprimorar a produção de carne, leite etc.

Laranja

Na cidade de Matão, os professores visitaram uma das maiores indústrias de suco de laranja do mundo, pertencente ao Grupo Citrosuco. O Brasil é o maior exportador mundial de suco de laranja concentrado, e São Paulo responde por expressiva parcela da produção e industrialização de cítricos.

Foram, em média, 38 pessoas por visita, 535 no total. Os professores tiveram liberdade para escolher o que queriam conhecer. Durante essa capacitação, o assunto agronegócio ganhou as salas de aula de 174 escolas de 63 cidades, alcançando cerca de 22 mil alunos.

A próxima etapa será destinada aos estudantes. Os educadores contarão com a ABAG/RP para agendar, até outubro de 2017, visitas aos roteiros que julgarem mais interessantes, de acordo com o conteúdo que estão ensinando em classe.

ABAG/RP