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9ª Assembleia Geral Mundial dos organismos de Bacias Hidrográficas elege brasileiro

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A 9ª Conferência Geral Mundial da Rede Internacional de Organismos de Bacias (RIOB), realizada em meados de agosto, foi finalizada com a aprovação de uma carta, documento final do evento que chama atenção e pede providências urgentes para as mudanças climáticas.

A “Carta de Fortaleza” também ressalta que a gestão integrada das fontes de água por bacias hidrográficas é uma imposição em todo mundo. Sobre a seca, o documento alerta: “a mudança climática vai agravar os problemas estruturais que levam à seca e até mesmo à falta de água em muitas regiões”.

O documento foi aprovado por mais de 400 participantes, que representavam 62 países, e destaca a importância da gestão participativa, integrada e compartilhada dos recursos hídricos nas bacias hidrográficas, além de pedir ações urgentes por partes dos agentes políticos no que se refere às alterações que estão sendo percebidas em função das mudanças climáticas que já vem em vários países do planeta trazendo seca, inundações e outros fenômenos.

Um novo presidente foi eleito para representar a rede por um período de três anos. Até 2016, Lupércio Ziroldo, que também é presidente da Rede Brasileira de Organismos de Bacia (Rebob) vai presidir a Riob. Ele substitui Kabiné Komara, alto comissário da Organização para o Aproveitamento do Rio Senegal (OMVS).

A próxima Conferência Mundial da Riob será no México, em 2016.

RIOB
Criada em 1994, na França, por várias organizações internacionais que compartilham o objetivo de adotar a gestão compartilhada dos recursos hídricos por bacias hidrográficas, a Riob organiza a Conferência Mundial a cada três anos, quando representantes de diferentes países membros se revezam na representação mundial da Rede.

Seus objetivos incluem:

a) Possibilitar que os Organismos de Bacia de todo o mundo identifiquem as oportunidades e desafios para a promoção da gestão integrada e compartilhada das águas, de forma participativa e descentralizada, de modo a apontar para toda a sociedade a efetiva sustentabilidade dos recursos hídricos;

b) Integrar todos os Organismos de Bacia e os segmentos e atores que os compõem, sejam públicos ou privados, visando possibilitar a discussão e debate participativo no setor, sempre na busca pela construção de pactos que vislumbrem no médio e longo prazo a qualidade e quantidade das águas superficiais e subterrâneas no planeta;

c) Discutir amplamente os cenários futuros no que se refere aos recursos hídricos, principalmente nas questões transfronteiriças, visando estabelecer metas e diretrizes para a efetivação das políticas públicas ligadas à água em interface com o desenvolvimento;

d) Destacar a importância da comunicação, mobilização e sensibilização nos processos de gestão das águas, fundamentalmente pelo alcance proporcionado pelos Organismos de mídia na referência às boas práticas já identificadas;

e e) Debater amplamente os compromissos a serem assumidos na gestão das águas por bacias hidrográficas, apontando as ações necessárias para a implementação de programas e serviços que tragam a recuperação e preservação dos recursos hídricos, assim como promovam as adaptações às mudanças climáticas.

ABAG/RP