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Agronegócio segura queda mais acentuada do PIB brasileiro

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O PIB (soma de toda a riqueza gerada no País) do primeiro trimestre de 2015 apresentou queda de 0,2%, na comparação com os três meses antecedentes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e só não foi pior por que mais uma vez o agronegócio teve desempenho positivo e evitou um resultado ainda mais desastroso.

Os números da economia brasileira nos três primeiros meses do ano foram influenciados pela queda de 1,5% no consumo das famílias, a mais acentuada desde 2008. Somado a isso, houve retração no consumo do governo, 1,3%, e, do lado da oferta, retração no setor industrial de 0,3%. Os serviços amargaram o recuo de 0,7%. Somente a agropecuária apresentou crescimento.

A agropecuária cresceu 4,7% em relação ao trimestre anterior, superando as projeções de mercado que apontavam para uma elevação de 1,1%. O desempenho observado foi influenciado, principalmente, pelos ganhos de produtividade, que devem levar a uma safra de grãos e fibras, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de 202,23 milhões de toneladas.

A produção esperada representa um aumento de 4,4% ou 8,6 milhões de toneladas a mais em relação à obtida na safra 2013/14, quando o País produziu 193,62 milhões de toneladas. O setor agropecuário ainda contribuiu para elevar as exportações brasileiras em 5,7%, frente ao incremento de 1,2% das importações.

“O desempenho do agronegócio evitou um cenário ainda mais desastroso para a economia brasileira e nesse ano de incertezas as previsões de retração não param por ai. Sem uma agenda estratégica abrangente, articulada e consistente entre o executivo, o legislativo, o judiciário e o setor privado, o Brasil continuará a apresentar baixa eficiência e capacidade produtiva”, analisa o diretor da ABAG/RP Marcos Matos.

ABAG/RP