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Academia norueguesa recebe o nome de Alysson Paolinelli ao Nobel da Paz

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Alysson Paolinelli - Divulgação

Alysson Paolinelli - Divulgação.

Nos próximos meses, um trabalho internacional intenso estará na pauta de lideranças do agronegócio com o objetivo de reforçar o nome do agrônomo brasileiro Alysson Paolinelli, 84 anos, como candidato ao Nobel da Paz 2021, prêmio concedido pelo parlamento da Noruega e um dos principais reconhecimentos globais para pessoas que pesquisam e trabalham em benefício da humanidade.

O nome de Paolinelli foi aceito pelo comitê do prêmio na sexta-feira (22/1). Na manhã desta terça-feira (26/1),  comitê brasileiro que trabalhou na confecção do documento com a propositura do nome de Paolinelli, coordenado pela Esalq/USP, explicou os detalhes da operação realizada até o momento e quais serão os próximos passos. “Ainda temos um longo trabalho. Estamos formando um grupo de comunicação que vai atuar na Noruega para mostrar e reforçar a importância do Paolinelli”, afirma Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio na Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas. 

De acordo com Rodrigues, serão realizados seminários, reuniões com lideranças norueguesas, um site de informações já está ativo e também está previsto o lançamento de um livro. Paolinelli, que participou da reunião, diz ser o Brasil o ganhador dessa indicação.

“Foram os milhares de pesquisadores e produtores que fizeram a agricultura tropical”, afirma ele. “E ainda tem muito a contribuir com a integração da lavoura com a pecuária, em produzir alimento sustentável para o mundo”, diz Paolinelli. 

O trabalho de indicação de Paolinelli começou um ano atrás, após a publicação de um artigo de Rodrigues, no qual ele reforçava a necessidade do agronegócio brasileiro ter um nome como Nobel da Paz. A partir daí um movimento coordenado pela Esalq/USP deu início aos trabalhos com a montagem de um dossiê agora enviado à Noruega. Os organizadores do prêmio recebem cerca de 300 nomes por indicação. Além do Nobel da Paz, há os prêmios para Química, Física, Medicina e Literatura. 

O documento de apresentação de Paolinelli foi subscrito com 119 cartas de recomendação de 24 países, entre eles Estados Unidos, Argentina, Costa Rica, entre outros, incluindo o Brasil. A maior parte das cartas veio da academia (51), além da indústria, agências, entre outros.  O dossiê faz um levantamento abrangente da vida de Paolinelli e as consequências de suas ações, levando ao aumento da produção e da produtividade nas lavouras do Brasil e do mundo.

O comitê norueguês receberá indicações de nomes até o próximo dia 31 de janeiro. A partir daí, até meados de abril/maio, cinco membros indicados pelo comitê têm a tarefa de uma pré-seleção de nomes, que se encerra no mês de setembro. Em outubro, o nome é indicado e a premiação pública ocorre em 10 de dezembro, data da fundação da academia norueguesa que concede o prêmio. Brasileiros como Carlos Chagas, Cesar Lattes, Orlando Villas Boas e Herbert de Souza (Betinho) já concorreram até a etapa final do prêmio, mas o País ainda não tem nenhum nome na lista de Nobel. No ano passado, o ganhador do Nobel da Paz foi concedido ao Programa Mundial de Alimentos, da ONU. A atitude do comitê representa uma exceção, já que o prêmio é destinado a pessoas. “Quando começamos o processo de indicação do Paolinelli a premiação de 2020 ainda não era conhecida. O nome de Paolinelli reforça a importância da produção de alimentos para o mundo e é isso que o movimento pelo seu nome está fazendo”, afirma Rodrigues.

 

Conheça Alysson Paolinelli:

Texto: Vera Ondei/ Portal DBO

Vídeo: Paolinelli Nobel Peace Prize 2021

ABAG/RP