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Cadeia sucroenergética se une por política reestruturante

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Foi realizado em Sertãozinho, no último dia 30 de agosto, um Ato Público em Defesa da Cadeia Produtiva Sucroenergética.

Quase 600 pessoas lotaram o teatro municipal da cidade, entre elas, dois Secretários de Estado, de Agricultura e Abastecimento, Sra. Mônika Bergamaschi, e de Gestão Pública, Sr. Davi Zaia; deputados federais e estaduais, prefeitos de diversos municípios canavieiros, trabalhadores, produtores de cana, empresários da indústria de base e usineiros.

Todos uníssonos no discurso em defesa do setor que é forte indutor do desenvolvimento social e econômico, e que gera emprego e renda para mais de dois milhões de pessoas nos diversos elos da cadeia produtiva.

O objetivo das manifestações é unir toda a cadeia ligada à cana-de-açúcar que passa por um de seus piores momentos, decorrentes da inexistência de políticas publicas que estimulem o investimento ou de políticas “cruzadas” que prejudicam diretamente o setor, como o não reajuste do preço da gasolina.

A situação hoje é preocupante. No campo produtores de cana apresentam dificuldades para cobrir os custos de produção; e usinas frearam investimentos ou até fecharam.

Nas cidades, indústrias fornecedoras de equipamentos para o setor chegam a trabalhar com metade da sua capacidade. Um cenário que é o oposto do que a demanda espera: dobrar a quantidade de cana moída e chegar a 1,2 bilhões de toneladas até 2020, o que significaria colocar em operação mais 100 novas usinas.

O prefeito de Sertãozinho, Sr. Zezinho Gimenez, falou dos efeitos da atual crise do setor sobre a cidade: a arrecadação de ICMS caiu 10%, as indústrias de base já começaram a demitir e no campo, como a conta não fecha, os investimentos necessários para a melhoria da produtividade não acontecem.

A intenção é que o Ato se espalhe pelos quase 600 municípios canavieiros do Brasil onde estão 400 usinas, 80 mil fornecedores de cana, 4 mil indústrias de base e 2,5 milhões de trabalhadores diretos.

Do evento saiu a “Carta de Sertãozinho”, que exige do poder público um olhar estratégico e medidas reestruturantes que garantam a retomada desse setor que é referencia global em biocombustíveis e bioenergia.

ABAG/RP