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Rifaina: a praia do interior

Situada à margem esquerda do Rio Grande, na divisa entre São Paulo e Minas Gerais, a antiga Santo Antônio da Rifaina teve o nome simplificado em 1921, e só foi elevada à categoria de município em 1948. Rifaina, do Tupi: “caminho do porto do rio”. O Rio Grande, e de 36 anos para cá, a represa de Jaguara fazem parte da vida das pessoas e da economia local.

Com cerca de 4 mil habitantes, a cidade ficou conhecida nacionalmente na década de 80 por ser a última do estado de São Paulo a receber o serviço de telefonia. Um comercial de TV mostrava o povo pacato e o telefone tocando na casa paroquial. Vinte anos depois a cidade continua pacata, mas só quando está fora de temporada. O imenso lago, que foi formado para instalação de uma hidrelétrica, mudou a rotina de Rifaina, que tinha sua economia centrada na agricultura e pecuária, e hoje aposta no turismo como fator de desenvolvimento. Rifaina é praia do interior com direito a calçadão, areia, luxuosas casas de veraneio, marina com mais de 300 barcos e turistas, muitos turistas.

São mais de 3.000 por final de semana durante o verão. Essa população flutuante aquece o comércio local e lança desafios para a administração municipal aprimorar a infra-estrutura hoteleira e de alimentação e concluir a estação de tratamento de esgoto, prevista para setembro de 2007. A população conta com serviços públicos de boa qualidade. Educação e saúde são os destaques. Na saúde, além do tratamento básico, foi montada uma clínica de multiatendimento com dentistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e psicólogos.

Na educação, duas escolas: uma de primeiro grau e outra com ensino médio são suficientes para atender todos os estudantes. Para os que ingressam no ensino superior a prefeitura oferece transporte gratuito e, dependendo da faculdade escolhida, 40% de desconto, sendo 20% bancados pela prefeitura e 20% oferecidos por uma faculdade de Franca. Para os alunos de 12 a 15 anos o grande estímulo para continuar na escola é poder participar do Programa Navega São Paulo. 150 jovens participam das escolinhas de vela, remo e canoagem.

Uma diversão que no futuro pode se transformar em trabalho, já que a tendência é que o turismo se fortaleça cada vez mais. A cidade tem o lago artificial, com 33 milhões de quilômetros quadrados como grande atração, mas conta ainda com uma natureza exuberante. São mais de cem cachoeiras, formações rochosas boas para o alpinista amador, rios com piscinas naturais e corredeiras para a prática do bóia cross, e muitos rios profundos, próprios para o mergulho. Os quatro hotéis e quatro pousadas ainda são suficientes para atender à demanda, já que a maioria dos turistas fica hospedada nas casas em torno da represa. As animadas festas locais: quermesses, rodeios, leilões e o “footing” completam o cenário desse balneário do interior, que integra “praia” com turismo de aventura.

Dados

  • Milho: 300 ha
  • Milho: safrinha 100 ha
  • Soja: 400 ha
  • Sorgo forrageiro: 30 ha
  • Café: 14,5 ha
  • Eucalipto: 60 ha
  • Cana de Açúcar: 1.500 ha 80ton/ha
  • Pecuária 8.000 cabeças sendo 3.000
  • misto/3.000 corte e 2.000 leite
  • Produção leite tipo C
  • 3.500.000 litros/ano

Fonte: Cati Franca.

Outubro/2006

ABAG/RP