Entrar
Serra Azul, 100% qualidade de vida

A chegada a Serra Azul é possível perceber porque a cidade está entre as melhores do Estado de São Paulo em indicadores sociais. São tantas árvores que da estrada avista-se apenas a torre da igreja. A preservação do meio ambiente é uma das bandeiras do município, que ganhou este nome devido ao maciço do sistema Mantiqueira. Os reflexos do sol na vegetação conferem um aspecto azulado à região.

A cidade de quase 11 mil habitantes chamou a atenção dos técnicos da ONU, especializados em mensurar a qualidade de vida nas cidades brasileiras, por alcançar 100% em vários itens: asfaltamento de ruas, água tratada, luz elétrica, coleta de lixo, coleta e tratamento de esgoto e crianças na escola. O orçamento de R$ 450 mil/ ano é pequeno, mas bem usado, garante o prefeito Homero Carvalho de Freitas. O Prefeito busca parcerias e recursos fora da cidade para viabilizar as obras. A estação de tratamento de esgoto, por exemplo, foi construída com recursos do FEHIDRO, via Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo, na qual está localizado o município. O mais novo projeto é o Ecolixo, que busca reciclar 80% do lixo urbano.

Os avisos sobre o novo projeto estão colados nos muros e postes da cidade. A proposta é que a ação seja compartilhada entre o poder público e a comunidade. O lixo seco será reciclado. O orgânico, úmido, vai para a compostagem para ser transformado em adubo. Usinas e empresas da região vão patrocinar o trabalho. Economia é questão de honra para o Prefeito. Bancário, funcionário de carreira, abriu mão do salário de R$ 7 mil da prefeitura para engordar a receita mensal do município. Tudo é calculado no teclado do computador. A prefeitura está 100% informatizada e nada é feito sem o conhecimento do executivo. Com os ajustes orçamentários as obras só são feitas quando vão de encontro ao bem estar de toda a população O parque aquático municipal atende toda comunidade mais pobre. A mensalidade varia de R$ 3 a R$ 5 por pessoa.

A mais nova escola tem um “luxo” que encheu de orgulho a população: o único elevador da cidade está no prédio de dois andares inaugurado no início do ano letivo de 2004, para atender aos alunos deficientes da escola. Como não tem indústrias e o comércio é pequeno, o grande empregador é o agronegócio. 90% da população trabalha direto no campo, ou em agroindústrias da região. Alguns moradores viajam para trabalhar em Ribeirão Preto e uma linha de ônibus especial faz o trajeto diário. A segurança é um orgulho e tem atraído moradores de cidades vizinhas. Não existem mais casas para alugar. O livro de ocorrências da polícia militar é o mesmo desde 1998, e não foi preenchido nem até a metade.

No ano de 2003, por exemplo, aconteceram 290 ocorrências, apenas duas graves: 1 roubo e 1 homicídio, o que não acontecia há 5 anos. Neste paraíso de tranqüilidade está localizada a Fazenda Visconde. A maior fazenda de criação de aves ornamentais da América Latina e que comercializa, além das aves, espécies de peixes. A Fazenda está no roteiro do ecoturismo brasileiro e recebe, por ano, mais de 15 mil visitantes de todo o país.

Dados

  • Área agrícola: 24.865 ha
  • Propriedades: 187 (157 menores que 200 ha)
  • Cana: 14.160 ha
  • Braquiária: 4.100 ha
  • Eucalipto: 1.500 ha
  • Soja: 1.100 ha
  • Café: 200 ha
  • Milho: 150 ha
  • Laranja: 100 ha
  • Olericultura: 100 ha
  • Pecuaria: 3.500 cabeças

Fonte: Cati Ribeirão Preto.

Abril/2004

ABAG/RP